Eu sei que o tema está completamente fora do enquadramento do calendário. Mas, não poderia deixar de falar disto.
Como sabem estou no Brasil e preparo-me para receber a visita da minha irmã. Vai daí que ela está sempre a perguntar o que é que eu quero que ela me traga. “O costume” disse eu. Azeite, enchidos, cogumelos (aqui são uma fortuna), etc e tal.
Mas não descartei o facto de ter que pedir mais qualquer coisa. Ao fim de uns dias de incansável procura por aquilo que mais me falta, lembrei-me do que estava mesmo a precisar.
E querem saber o que me falta? È aqui que entramos no tema do título do post.
Sabem aquelas prendas que recebíamos no Natal, quando éramos crianças, e às quais não achávamos graça nenhuma? Pois é isso mesmo.
Quando somos crianças há sempre uma mãe, uma avó, uma tia velhinha, que só vemos no Natal, que tem a mania de oferecer uns pares de meias e umas cuecas. Pois é. Aquele brilhinho nos olhos rapidamente se transforma em uma grande frustração. Ao fim de 3 anos a receber a mesma prenda já não ligamos e até nos divertimos com a falta de criatividade da dita. Ao fim de cinco anos até já começamos a aceitar o facto de que, afinal, aquela prenda até dá um certo jeito. Mais uns dois anos e passa a dar um jeitão.
Mas, e quando vem o Natal e esse presente não aparece? Bolas!!! Agora que até dava jeito que as daqui não são da qualidade das que recebia no Natal.
Cheguei ao escritório onde trabalho e mandei um mail à minha irmã... “Pede aí a alguém para me oferecer uns pares de meias e uns pares de cuecas.
Por isso, meus queridos (ainda não vos chamo de porcos que não iam entender – abordarei a temática noutro post), nunca digam mal das cuequitas e das meítas que recebem no Natal. Um dia vão sentir a falta das mesmas.